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Antifragilidade e Planejamento Estratégico

Décio Luís Schons,  CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva. Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK

Junho | 2024

Uma pesquisa superficial sobre o tema Antifragilidade pode levar a entendimentos errôneos e a consequências desastrosas para as organizações. Antifragilidade não significa tocar o negócio “no vai da valsa”, confiantes de que nós e nossas equipes estamos prontos para enfrentar e vencer qualquer dificuldade, já que somos especialistas em “pegar o limão e fazer uma limonada”.

 

Na verdade, o que menos se deseja é desenvolver a temeridade e a irresponsabilidade nos encarregados dos negócios e nos integrantes de suas equipes. Muito ao contrário, para que o negócio seja antifrágil, essas pessoas precisam conhece-lo profundamente, seus objetivos estratégicos, a política a ser seguida para atingi-los e os meios disponíveis para esse fim.

 

Recordando o conceito de Antifragilidade

 

A antifragilidade, termo criado pelo autor líbano-americano Nassim Taleb em 2012, representou um conceito novo para os administradores em geral.

 

À noção de que as organizações devem ser robustas e, se possível, resilientes para fazer face aos riscos materializados, esse autor nos ensina que elas devem ser também antifrágeis, pelo aproveitamento das dificuldades e dos erros cometidos para crescer como equipe e sair da crise em uma condição superior à vigente antes que a crise tivesse lugar.

 

Assim é que, enquanto sistemas robustos ou resilientes apenas se recuperam após um choque, os sistemas antifrágeis crescem e se aperfeiçoam a partir desses eventos.

 

Como o planejamento estratégico pode contribuir para a Antifragilidade

 

Sabemos que o planejamento estratégico é a ferramenta adequada para orientar a organização em direção a seus objetivos de longo prazo, de forma dinâmica e adaptativa. Tomando em consideração os ambientes interno e externo da empresa, ele proporciona o estudo e a avaliação dos recursos disponíveis e cria estratégias para atingir os objetivos de longo prazo da organização.

 

Nesse processo, as seguintes etapas são normalmente cumpridas:

 

1. Definição da missão, da visão e dos valores da organização:

A missão é a razão pela qual a empresa existe; a visão informa até onde a Direção da empresa quer que ela chegue; e os valores são os princípios inegociáveis que determinam o caminho a ser seguido pela organização.

2. Análise dos Ambientes Interno e Externo:
Aqui são levantados os fatores que afetam a empresa. A análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) avalia aspectos internos e externos. Forças e Fraquezas dizem respeito ao ambiente interno, enquanto Oportunidades e Ameaças estão relacionadas a fatores externos.
A construção e análise de cenários prospectivos permite identificar com propriedade as oportunidades e ameaças, dando à organização a capacidade de preparar-se para efetuar as mudanças necessárias.

3. Definição de Metas e Objetivos:
Nesta etapa, procede-se ao estabelecimento dos objetivos de médio e longo prazo, bem como de metas (objetivos intermediários) claras e realistas, de modo a focar nos resultados desejados e facilitar a montagem do plano de ação (objeto da próxima etapa) que possibilite alcançá-los.

4. Plano de Ação:
Agora já estamos em condições de desenvolver um plano detalhado para atingir as metas e objetivos, especificando as estratégias, as táticas e os recursos necessários.

 

5. Mensuração e Acompanhamento de Resultados:

Após a implementação do plano, é necessário monitorar cerradamente os resultados e proceder a ajustes, na medida em que eles se mostrem necessários. Nesta fase, são cruciais a flexibilidade e a capacidade de adaptação da equipe responsável pelo planejamento estratégico, de forma a se ajustar com presteza a cenários imprevistos. Só assim o planejamento estratégico proporcionará à empresa a faculdade de aprender com os desafios e evoluir sempre.

 

Simplicidade não significa simploriedade

 

É intuitivo que a montagem desse planejamento estratégico com alto grau de flexibilidade tem como condição necessária a incorporação, como característica básica, da simplicidade. Nossa posição é exatamente a de que a adoção do princípio da simplicidade não deve levar à realização de um planejamento “meia boca” ou “água pela canela”, como se costuma dizer. A simplicidade não deverá jamais ser confundida com simploriedade.

 

Conclusão

 

A partir dos conceitos acima expostos, é possível deduzir que o planejamento estratégico é básico para o atingimento de uma situação de antifragilidade empresarial, ao permitir que as organizações enfrentem mudanças e incertezas sem interromper o ritmo das operações e da obtenção de resultados.

 

Obviamente, esse planejamento deve ser caracterizado pela flexibilidade e pela agilidade na implementação de mudanças, tão logo estas sejam percebidas como necessárias. Empresas antifrágeis aprendem com seus erros e crescem transformando adversidades em oportunidades. Elas estão sempre prontas para mudanças e ajustam suas estratégias conforme necessário.

 

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