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Como o investimento em ESG
pode prevenir ou mitigar desastres?

Décio Luís Schons,  CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva, é Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK

Agosto | 2023   

O primeiro pensamento que ocorre a qualquer um de nós quando tratamos de riscos, seja de modo genérico, seja de riscos ESG em particular, vai comumente na direção da prevenção, deixando a mitigação como um último recurso, quando todas as medidas possíveis para evitar a concretização do desastre foram ultrapassadas e o pior já ocorreu.

 

Mesmo tendo ciência da relevância da prevenção, equipes de gestão de riscos que se prezam não podem, em hipótese nenhuma, deixar de considerar as possibilidades de mitigação, ou seja, o tratamento do risco após a sua materialização, sob pena de serem responsabilizadas nos casos em que o pior venha a suceder. Essa afirmação encaixa-se muito bem na gestão dos riscos ESG, uma vez que esses riscos têm o potencial de afetar, de forma direta ou indireta, modos de vida e a própria sobrevivência de comunidades inteiras, por períodos prolongados e até mesmo de forma permanente.

 

Lamentavelmente, temos acompanhado o desenrolar de impactos ambientais muito mais graves do que se poderia esperar. Aí estão as memórias do rompimento das barragens de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), com pesadas perdas em vidas humanas e toda a destruição ambiental que se seguiu. Esses são apenas os eventos mais recentes de uma série de tragédias elencando derrames de quantidades imensas de óleo no mar, incêndios devastadores, destruição da fauna e flora e assim por diante.

É senso comum que em todos esses casos houve falhas, tanto na prevenção dos riscos quanto no estabelecimento de medidas eficazes que pudessem, na eventualidade da concretização do risco em si, minorar os seus impactos.

 

Resulta daí a necessária conclusão de que investimentos na Agenda ESG são praticamente mandatórios para as empresas que, pela própria natureza de suas atividades, geram riscos relevantes ao meio ambiente e aos grupos sociais que o habitam. Esses investimentos, mais do que simplesmente contemplar atividades de preservação ambiental aleatórias, precisam estar alinhados aos propósitos da gestão de riscos, de modo a satisfazer às condições da eficiência, eficácia e efetividade.

 

O processo, um tanto trabalhoso, inicia-se com a determinação dos temas relevantes (ou de alta materialidade) para a empresa e para as suas partes interessadas internas e externas. A partir do conhecimento desses temas, serão montados os planos de ação que orientarão a busca dos objetivos correspondentes. Os indicadores chaves de desempenho (KPIs) constituem ferramenta importante para a avaliação periódica da situação, no que se refere às metas e objetivos estabelecidos em cada plano de ação.

 

À luz dos temas relevantes, serão levantados os riscos ESG estratégicos e operacionais que podem pôr em cheque o atingimento dos objetivos do negócio.

 

Como se pode perceber, há necessidade de investimentos tanto na área de implementação dos planos de ação quanto no que respeita à prevenção e mitigação de riscos. Providência interessante será exatamente fazer com que a equipe responsável pelo planejamento e implantação dos planos de ação trabalhe em estreita coordenação com a equipe de gestão de riscos, de modo a evitar gastos redundantes e a estabelecer iniciativas que atendam às duas frentes, o que proporcionará sensível economia de recursos.

 

Todavia, o resultado mais importante será percebido com o passar do tempo, com o aprofundamento dos estudos dos temas e tópicos relevantes para a organização e para seus stakeholders. Como é natural, a gestão dos riscos ESG irá, no mesmo passo, se tornando mais eficiente, eficaz e capaz de prevenir os riscos, de modo que eles não se materializem e, na eventualidade de uma materialização, que sejam prontamente mitigados.

 

É intuitivo que riscos de tal magnitude precisam ser tratados no mais curto prazo. Todavia, se alguma dúvida restar quanto à conveniência e oportunidade da implantação de um processo de gestão de riscos, a simples montagem de uma matriz Business Impact Analysis (BIA) será suficiente para esclarecer a questão.

 

Caso haja interesse de sua empresa em aprofundar-se nesse ou em outros temas afetos ao gerenciamento de riscos, contate a Brasiliano INTERISK, uma empresa que oferece soluções de Inteligência e Gestão de Riscos com base na Interconectividade, conferindo total transparência aos processos de Governança, Riscos e Compliance.

 

Software INTERISK é uma plataforma tecnológica e automatizada que integra diversos módulos – entre eles, o Módulo ESG – compostos de diferentes disciplinas, o que garante a abrangência e a integração de todos os processos em um único framework. 

 

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