top of page
imagem_do_whatsapp_de_2024-05-03_as_18.35.42_2efefefc Gilvan Rocha Agência Brasi.jpg

Foto: Gilvan Rocha - Agência Brasil

Gestão de Riscos de Desastres

Marcos Alves Junior, CIEIE, CIGR, CPSI
Redator, Editor de texto, Criador de vídeos. Cursou Gestão Empresarial na Anhanguera. Formado pela Uninove – Universidade Nove de Julho em Comunicação Social – Jornalismo.
Assistente de Comunicação e Marketing na Brasiliano INTERISK.

Junho | 2024                                                                                                                                                           

Após a grande tragédia que foram as enchentes do Rio Grande do Sul, uma pauta levantada foi a Gestão de Riscos de Desastres, pois é um processo que poderia ter minimizado a grande maioria dos danos no estado, que foram avassaladores. 

 

Para podermos dissertar sobre a Gestão de Riscos de Desastres, temos que explicar também o que é a Gestão de Desastres e principalmente entender as suas diferenças, pois assim trazemos clareza ao assunto.

 

A diferença entre gestão de desastres e gestão de riscos de desastres está no enfoque e nas fases em que atuam. A gestão de desastres é reativa, concentrando-se na preparação, resposta e recuperação após um evento catastrófico. Isso inclui a criação de planos de emergência, treinamentos e simulações para estar pronto (preparação), ações rápidas para salvar vidas e proteger propriedades durante e após o desastre (resposta), e esforços para restaurar a normalidade, como reconstruir infraestruturas e apoiar a recuperação econômica e social (recuperação).

 

Por outro lado, a gestão de riscos de desastres é proativa, focando na identificação, avaliação e mitigação dos riscos antes que um desastre ocorra. Isso envolve mapear perigos e analisar vulnerabilidades (identificação de riscos), estimar os impactos e a probabilidade de desastres (avaliação de riscos), e implementar medidas preventivas para minimizar a exposição e a vulnerabilidade, como códigos de construção seguros e políticas de uso do solo (redução de riscos/mitigação). Em resumo, enquanto a gestão de desastres trata das ações durante e após um evento catastrófico, a gestão de riscos de desastres busca antecipar e reduzir os impactos desses eventos antes que eles ocorram.

 

Dito isso, vemos a importância que teria para o Estado do Rio Grande do Sul fazer uma boa Gestão de Riscos de Desastres, ainda mais quando se trata de algo que podemos chamar de tragédia anunciada, pois o estado sofreu com enchentes, por conta da passagem de um ciclone, no mês de setembro de 2023, cerca de oito meses antes dessa tragédia.

 

De acordo com uma notícia, veiculada no dia 29 de abril por meio do Senado Notícias, um portal do Senado Federal do Brasil, entre 2012 e 2023, o Poder Executivo não utilizou 35,5% dos recursos destinados ao programa de Gestão de Riscos e Desastres da Defesa Civil. Dos R$ 33,75 bilhões previstos, apenas R$ 21,79 bilhões foram efetivamente utilizados. A maior parte dos recursos foi direcionada para medidas de resposta e recuperação, enquanto uma parcela menor foi destinada à prevenção. Especialistas criticam essa abordagem, apontando a falta de investimento em prevenção como um desperdício e um reflexo da baixa percepção de risco no país.

 

Em 2021, um ano com desastres climáticos severos, o governo gastou pouco em prevenção. Os repasses para o programa variaram ao longo dos anos, com médias anuais diferentes entre os governos. O painel do TCU detalha os compromissos do Poder Executivo para o programa, mostrando que alguns estados receberam mais recursos do que outros. Apesar do aumento de recursos destinados ao programa em 2024, a taxa de execução ainda é baixa.

 

O Rio Grande do Sul, especialmente afetado por desastres climáticos, recebeu a maior parte dos recursos destinados em 2024. Medidas adicionais foram tomadas para enfrentar a crise climática no estado, incluindo a aprovação de uma suspensão temporária do pagamento da dívida com a União.

 

Em resumo, o Brasil deixou de aplicar cerca de 35% da verba para gestão de riscos de desastres. Isso reafirma que houve negligência e não foi dada a devida importância para a possibilidade de grandes impactos por conta desses fenômenos.

 

Isso se torna muito preocupante porque só demostra que não há o conhecimento necessários dos órgãos responsáveis sobre a gravidade desses fenômenos. Tal como foi demostrado na tragédia do Rio Grande do Sul. Podemos ver a importância da aplicação dessa verba e/ou recursos de maneira correta.

 

Um estado devastado, com prejuízo de 9,6 bilhões de reais, sendo 2,3 bilhões do setor público, 2,7 bilhões do setor privado e 4,6 bilhões do setor habitacional (mais de 105,4 mil casas danificadas ou destruídas), de acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM).

 

A gestão de riscos de desastres é um processo sistemático que visa identificar, avaliar e reduzir os riscos associados a desastres naturais e provocados pela sociedade. Envolve várias etapas, como identificação de riscos, avaliação de impactos, redução de vulnerabilidades e preparação.

 

Durante a resposta a essas emergências, são realizadas ações imediatas para salvar vidas e proteger propriedades, seguidas pela recuperação e mitigação de danos. Essa abordagem busca não apenas responder a desastres, mas também sua prevenção e reduzir seus impactos por meio de planejamento e colaboração entre diferentes partes interessadas.

 

O Software INTERISK da Brasiliano INTERISK é uma ferramenta que ajuda a prevenir e mitigar desastres. Ele permite identificar, avaliar e gerenciar riscos, tanto os naturais quanto aqueles provocados pelo homem.

 

Com o INTERISK, as organizações podem mapear riscos, analisar vulnerabilidades, estimar impactos, implementar medidas preventivas, desenvolver planos de emergência, realizar treinamentos e simulações, além de monitorar e gerenciar em tempo real. Resumindo, o INTERISK é uma solução abrangente que promove a resiliência e a segurança, protegendo tanto as pessoas quanto os ativos das empresas.

voltar

bottom of page