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Paradigmas Ambientais e Agenda ESG

Décio Luís Schons,  CIEAI, CEGRC, CIGR, CISI
General-de-Exército da Reserva. Vice-Presidente de Operações de Consultoria da empresa Brasiliano INTERISK

Fevereiro | 2024

Ao longo da história da nossa civilização moderna, a paixão pelo lucro e pela posse de bens que destaquem o detentor entre seus pares tem sido uma constante. A mentalidade mercantilista estimula a busca da riqueza e da notoriedade social, muitas vezes a qualquer custo. A preocupação com os aspectos que dizem respeito ao indivíduo e sua família normalmente sobrepujam as considerações relativas à comunidade e à sociedade em geral. Num mundo em que os seres humanos se consideram em estado de permanente conflito com seus semelhantes, na competição por bens e proeminência social, as preocupações relacionadas ao bem-estar da coletividade não desfrutam de grande popularidade.

Um dos fatores contribuintes para essa forma egoísta de pensar foi sem dúvida a noção, amplamente disseminada, de que os recursos naturais do planeta seriam inesgotáveis, ou de que teriam uma duração tão extensa que não se justificariam ações mais custosas em benefício de sua preservação. Além disso, o bem-estar ou até mesmo a sobrevivência das futuras gerações não entrava nas cogitações da maioria das pessoas, em particular daquelas dotadas de poder de decisão. No mesmo passo, a influência da ação humana sobre o clima costumava ser considerada (e ainda é, por parte de muitos) mera fantasia sensacionalista com o objetivo de colher resultados a partir do amedrontamento de parcelas vulneráveis da população.

Nos últimos anos, vem tomando corpo a noção de que o desenvolvimento da sociedade deve ser pautada pelos parâmetros ESG (Ambiental, Social e de Governança). A consciência da finitude dos recursos naturais e da consequente necessidade de utilizá-los de forma racional vai assim, aos poucos, se agregando ao inconsciente coletivo. A favorecer essa percepção de que algo de anormal acontece com o clima da Terra temos a instabilidade e as alterações climáticas impulsionadas por fenômenos como o El Niño, sejam esses eventos decorrentes da ação humana, sejam decorrentes dos ciclos naturais característicos do planeta.

Em consequência dessa nova mentalidade, manifestações em diversas dimensões começaram a ocorrer ao redor do mundo, num processo favorecido em grande parte pela facilidade de acesso à informação e aos meios de comunicação. Assim é que diversos movimentos de conscientização e divulgação de conceitos e práticas alinhadas à preservação ambiental têm aflorado, indicando novas tendências que vão adquirindo características cada vez mais abrangentes.

A partir do momento em que um número ponderável de grandes empresas concluiu que esse processo era de fato inelutável, a prática dos princípios ESG passou a ser tomada a sério. A disposição, neste momento, é claramente a de assegurar que novos desastres ambientais, como aqueles ocorridos no Brasil há poucos anos, com o rompimento de barragens contendo resíduos de operações de mineração, nunca mais voltem a ocorrer.

Não há como negar que a complexidade das atividades econômicas aumentou sensivelmente a partir do momento em que os parâmetros ESG passaram a ser levados em consideração. Não se trata mais apenas de uma relação produtor-produto-consumidor, em que o lucro do produtor e a satisfação do cliente em relação ao produto fornecido eram os aspectos determinantes. O número de atores envolvidos aumentou muito, pois assumiram papel de destaque as partes interessadas (stakeholders), sejam elas representadas pelos acionistas, clientes, funcionários ou o público externo afetado de alguma forma pelas atividades da organização. Um olhar inquiridor também é dirigido aos integrantes da cadeia de valor, de modo a determinar se eles cumprem seus papéis no que se refere ao atendimento dos parâmetros ESG.

De forma até um pouco surpreendente, a Agenda ESG revelou-se, além de tudo, uma maneira eficaz de gerar valor em médio e longo prazos para os acionistas das empresas, permitindo conciliar o sucesso financeiro com o respeito aos padrões de responsabilidade socioambiental. Isso se deve em grande parte ao fato de a ampla difusão da temática ESG ter provocado, da parte de um stakeholder fundamental – o cliente – um olhar crítico sobre as práticas adotadas pelas empresas, condicionando sua boa vontade e disposição para o consumo do produto à satisfação dos parâmetros ESG por parte da empresa. Naturalmente, aquelas empresas que não atendem (ou que pelo menos não pareçam atender) a esses parâmetros deixarão de ter seus produtos acolhidos de forma positiva pelo público consumidor mais esclarecido.

Não há como negar que hoje o comprometimento com a preservação do ambiente natural e de biomas sensíveis encontra-se em nível sem precedentes, atitudes que não tendem a arrefecer no futuro previsível. Assim sendo, mesmo se levarmos em consideração a hipótese bastante improvável de que as mudanças climáticas não dependem, ou dependem muito pouco, da ação do ser humano sobre a natureza, é forçoso admitir que estamos tendo a oportunidade de assistir a uma quebra de paradigmas de grandes proporções e de abrangência incomum.

 

O Software ESG do INTERISK é uma ferramenta fundamental para as empresas que desejam alinhar suas práticas e estratégias aos parâmetros ESG (Ambiental, Social e de Governança). Com a crescente conscientização da finitude dos recursos naturais e a necessidade de utilizá-los de forma racional, as empresas estão cada vez mais voltadas para a preservação ambiental e o bem-estar social. Nesse contexto, o INTERISK oferece suporte na gestão e monitoramento dos aspectos da Agenda ESG, ajudando as organizações a atenderem aos requisitos, de maneira a gerar valor a médio e longo prazos. Além disso, a ferramenta auxilia na identificação de riscos ambientais e na implementação de práticas sustentáveis, contribuindo para um desenvolvimento mais responsável e alinhado com as demandas atuais da sociedade.

 

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